Um mais um igual a três

quinta-feira, maio 25, 2006

Noites Longas

I Know

You've got such a pretty smile
It's a shame the things you hide behind it
Let 'em go
Give it up for a while
Let 'em free and we will both go find it

I know theres nowhere you can hide it
I know the feeling of alone
I know that you do not feel invited
But, come back, come back in from the cold

Tell me how you really feel
Tell me what is on the inside of you
All the somethings you conceal
Only keep away the ones who love you

Step away then from the edge
Your best friend is life is not your mirror
Back away, come away
Back away, come away
Back away, come away
Back away, come away
Back away, come away
Back away, come away
I am here and I will be forever

I know theres nowhere you can hide it
I know the feeling of alone
Trust me and dont keep that on the inside
Soon you'll be locked out on your own

You're not alone
You're not alone
And don't say you've never been told
I'll be with you 'til we grow old
'til I'm in the ground and I'm cold
I'm not sitting up here on some throne
Like a dog you can always come home
Dig up a bone
Look around

Jude

quarta-feira, maio 24, 2006

Vida dura

Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ser mais veloz, ou será morta.
Todas as manhãs, um leão acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela mais lenta, ou morrerá de fome.
Não interessa se és um leão ou uma gazela.
Quando o sol se levantar será bom que corras.

Provérbio africano

segunda-feira, maio 22, 2006

Pensamento do dia

Quem eu amo n me ama e quem me ama n me abana.

domingo, maio 21, 2006

Caridade

"A Faculdade de Ciências Humanas oferece um espelho de corpo inteiro à Associação Nacional dos Leprosos.
A Faculdade de Economia oferece 500 kilos de carne à Liga Portuguesa das Bulimicas.
A Faculdade de Teologia oferece 600 pilulas abortivas à Fundação Ajuda de Berço."

quinta-feira, maio 18, 2006

O Jogo

Na mesma mesa em que tantas vezes vira a sua mãe preparar o jantar, jaziam agora inertes as cartas espalhadas de um baralho. Acabado que estava o seu jogo de solitário, Vasco Vicente preparava-se para tomar a decisão da sua vida.

Nascido em berço de ouro, Vasco cedo se habituara a olhar o mundo à sua volta com uma certa indiferença. Nunca precisara de despender muitas energias para conseguir aquilo que queria. Esta lógica aplicara-se a tudo na sua vida. Concluíra o seu curso sem grande dificuldade (ou grande mérito, visto que todos os seus professores conheciam o seu pai, o maior mecenas daquela universidade). Foi com naturalidade que se viu à frente de uma das empresas da família, uma fábrica de enlatados que qualquer um seria capaz de gerir. Sem surpresa, descobriu que o funcionamento da fábrica era pouco mais interessante que a rotina da sua vida. Era quase tão fácil ganhar dinheiro ali como adormecer nas aborrecidas reuniões com o sindicato.

Também Teresa tinha vindo de uma família com posses. Vira Vasco pela primeira vez numa festa de gala, passeando a sua indiferença pelo meio dos vícios daquela elite lisboeta. Agia como se já lhes conhecesse os truques e manhas. Longe de o surpreenderem, causavam-lhe enfado. O desencanto do olhar de Vasco encantou Teresa.
- Festa divertida, não acha?
Ele fingiu olhar para a taça de ponche com um ar interessado.
- Está bom, o ponche?
Viu que a manobra não a ia afastar.
- Não sei, ainda não o provei – suspirou resignado.
Olhou-a finalmente nos olhos. Estranhamente, não se sentiu repelido por ela. Não se parecia com aqueles predadores. Passou o resto da noite com Teresa. E o resto da semana. E o conforto que experimentavam na companhia um do outro, Teresa encantada com Vasco, Vasco desencantado com o resto do mundo, levou-os ao altar.

Vasco descobriu no casamento uma nova rotina. Rapidamente se encontraram a partilhar a cama, de costas voltadas um para o outro, a mesa, com os olhares fixos nos pratos, a vida, separados. Sebastião chegou nove meses depois de Filomena, e Teresa, que acreditava que as crianças poderiam trazer novo alento àquela união, facilmente percebeu que nem assim a monotonia se ia alterar.

À noite, quando se despedia da fábrica, Vasco demorava algum tempo antes de chegar a casa. Não tinha pressa para voltar para aquelas noites cada vez mais aborrecidas, sempre iguais, ora com os filhos a chorar, ora com a mulher que, em boa verdade, nunca tinha amado. Experimentou outras mulheres, refugiou-se durante uns tempos no álcool, tentou até encontrar prazer nas drogas, mas a apatia que sentia não desaparecia. Acabada a noite, regressado a casa, limitava-se a um seco “Boa noite” a que Teresa já não respondia.

Até àquele dia em que Xavier lhe mudou a vida. Tinham jantado bem e bebido ainda melhor. Quando o amigo lhe sugeriu uma ida ao casino, Vasco ponderou a sua opção, voltar para casa, e aceitou sem hesitações.Xavier arrastou Vasco para um dos casinos mais conhecidos e afamados da capital. Naquela noite, o casino estava a abarrotar e o ruído produzido pelas slot machines era quase insuportável. Por entre o alarido, Vasco e Xavier iniciaram uma partida de póquer, o jogo predilecto do seu amigo, que há muito frequentava estabelecimentos de diversão nocturna. Com um ar de satisfação estampado no rosto, Xavier recebia as cartas, certo de que a sorte lhe iria sorrir. Afinal de contas, ele era um velho e experiente jogador, como Vasco não tardou em descobrir. Pela noite fora, as vitórias sucessivas do seu amigo irritavam Vasco, fazendo-o querer jogar cada vez mais. Tudo o que queria era ganhar uma partida. Pela primeira vez na vida via o seu desejo negado.
-Oh Vasco, não vale a pena ficares nervoso, a sorte de principiante há de chegar! - Dizia o amigo com uma ironia que o deixava ainda mais furioso
Era quase de madrugada quando Vasco finalmente levou a melhor ao seu amigo. Um contentamento súbito encheu-lhe o peito. Apercebeu-se de que a noite passara depressa, os problemas ficaram esquecidos. Aquela fuga à rotina deixou-o saciado.

Passou a ir ao casino todas as noites, às vezes mesmo sem Xavier que, com o tempo, começara a perder dinheiro no jogo e a acumular dívidas. Vasco gostava muito de jogar, mas não era lá grande jogador. Apesar disso apostava alto. Pouco a pouco, Vasco largou tudo. Perdia mais vezes que ganhava, o que lhe custou primeiro todo o seu dinheiro e depois a fortuna que o pai lhe deixara. A fábrica, que sempre fora tão lucrativa, com a ausência de uma mão no leme, começara também a andar à deriva. E não precisou de muito tempo para começar a dar prejuízo.

Enquanto os negócios de Vasco naufragavam, a sua vida pessoal ruía. Deixou de se dar com os poucos amigos que ainda tinha. Eles, gradualmente, deixaram de notar as suas ausências. Sem grandes remorsos, deixou de frequentar as festas, jantares e afins que antes tanto o aborreciam. Com o tempo que passava em mesas de jogo, Vasco parecia ter mudado de casa. Teresa já só o via quando ele ia trocar de roupa, comer qualquer coisa, afogar-se na cama por umas horas. Passava tanto tempo fora que não via os seus filhos crescer. E Teresa, que já passara por tanto, atingiu o ponto de saturação… Deixou-o, foi viver com a mãe. E no divórcio levou-lhe a casa e metade do pouco que restava a Vasco.

Ficou desesperado. Precisava de dinheiro para sustentar aquele vício que o consumia. Não conseguia viver afastado daquela mesa verde. Foi aí que se lembrou de apostar a última coisa que lhe restava. A herdade dos pais, na terra dos avós. Era uma propriedade esquecida, perdida entre montes, num canto esquecido da Beira Interior. Foi com um tremor de nervosismo no peito que entrou naquela casa. A sua última hipótese de ganhar. O sítio trazia-lhe algumas recordações de infância, mas não as suficientes para o fazerem desistir de a apostar. Conseguiu arranjar um jogo em Coimbra, através de um companheiro de vício, e preparou-se para a jogada da sua vida.

Nessa noite, demorou a arranjar-se. Ele, que já nem perdia tempo em frente ao espelho, barbeou-se cuidadosamente, vestiu-se com esmero, e até ousou perfumar-se. É que esta noite era muito especial. Dirigiu-se ao apartamento em que tinham combinado. Era um jogo ilegal, mas tanto lhe fazia. Trocou o título de propriedade pelas fichas combinadas e dirigiu-se à mesa Os seus parceiros de jogo, suspeitos do costume, com quem já se tinha cruzado inúmeras vezes, nem o reconheceram, acostumados que estavam ao seu ar desleixado.

Começou cuidadosamente, apostando pequenas quantidades de fichas. Aos poucos, o seu pecúlio ia crescendo. Observou demoradamente os companheiros de jogo, enquanto recebia as cartas. Não desmanchou a expressão, nem quando viu a mão inacreditável que lhe tinha sido dada. Entre os seus dedos alinhavam-se cinco cartas de copas. Um Rei, uma Dama, um Valete, um Dez e um Nove. Era quase impossível perder ali. Decidiu apostar a casa perante a estupefacção dos parceiros. Estes, apesar de admirados, decidiram que ele estava a fazer bluff. Já tinham visto Vasco jogar demasiadas vezes para acreditar que ele podia ganhar. Ainda o tentaram dissuadir, mas Vasco mostrou-se irredutível. Igualando a aposta, obrigaram Vasco a abrir o jogo. Sentia-se dominado pela excitação. A mera hipótese de poder perder tudo numa jogada tornava as coisas mais emocionantes. Mas se vencesse agora, a jogada da sua vida estava ganha. Quando todas as cartas foram postas em cima da mesa, Vasco não queria acreditar. Tinha ganho o jogo. O seu coração batia a um ritmo que nunca tinha experimentado. Estava excitado, a adrenalina corria-lhe pelo sangue de uma forma galopante. “Isto é que é felicidade…”. E, subitamente, o seu coração parou. Caiu em cima da mesa, com os olhos pousados sobre as fichas. Morreu, mas nos seus lábios dançava um sorriso. Vasco só conheceu a felicidade quando correu o último e maior risco da sua vida.

Vamos agradecer ao Paulo e ao Jorge, o meu grupo de E. Criativa, que junto comigo criaram esta "estorinha". Obrigado

domingo, maio 14, 2006

Pensamento do dia

Há quem tenha o mundo todo na mão. Há quem tenha só um bocado, mas sem o saber usar.

terça-feira, maio 09, 2006

Sacrificios

-Eras capaz de morrer por mim?

Daniel olhou para Luísa com estranheza. Não estava habituado a ouvir aquele tipo de perguntas vindas da boca dela. Normalmente queria saber se ele achava que ela estava a ficar gorda, ou se se tinha lembrado de trancar a porta. Era esse o tipo de relação que tinham, sem grandes dramas. Virou-se para ela e olhou-a nos olhos. Ela estava a falar a sério.

-Mas que raio de pergunta é essa, Luísa?

Ela desviou o olhar, embaraçada, e murmurou:

-Não é nada…

Daniel virou-se de volta para o seu lado da cama, de sobrolho franzido.

-Tive a ler um livro… Dizia que quando tás disposto a morrer por outra pessoa, é a prova de que a amas mesmo...

<> Um silêncio de pedra abateu-se sobre os dois. Daniel não costumava pensar naquelas coisas do amor. Gostava e pronto, não havia muito mais a dizer.
Demorou a adormecer, arrependido por não ter dado uma resposta na altura certa.



Acordou tarde no dia seguinte, ainda a pensar naquela conversa. Tacteou a cama à procura de Luísa, mas só encontrou um espaço vazio. Já devia ter saído para o trabalho, o que não era de admirar, visto que o despertador já devia estar a tocar há umas boas duas horas. Levantou-se, preguiçoso, e arrastou-se para a casa de banho. Colado no espelho estava um recado de Luísa. “Volto tarde, não esperes por mim pra jantar. Beijos.” Devia estar amuada por causa da cena da noite anterior. Daniel resignou-se à perspectiva de um par de dias de silêncios incómodos, visto que afinal de contas, a culpa era dele. Tomou banho, vestiu-se, e saiu para trabalhar, sempre com aquela pergunta na cabeça.


Luísa passou o dia a remoer a conversa da noite anterior. Nunca devia ter feito aquela pergunta. Conhecia demasiado bem Daniel para poder esperar uma resposta convincente. Na verdade, não tinha dúvidas de que ele a amava. Era uma certeza que vinha sempre confortá-la quando ele a olhava nos olhos. Nas conversas do dia-a-dia e até mesmo nos silêncios, ela percebia que o carinho que ele não punha em palavras estava sempre presente. Mesmo assim, aquela pergunta saíra-lhe da boca, sem que ela o pudesse evitar. Pedir-lhe-ia desculpa quando chegasse a casa. Não valia a pena usar o silêncio para passar por cima daquela conversa.


Ocorrera-lhe enquanto estava sentado na paragem do autocarro – ia esperar Luísa com um jantar à luz das velas. Não estava habituado a preparar aquele tipo de surpresas românticas, mas sabia bem que Luísa as merecia. Passou pelo supermercado, trouxe tudo aquilo que lhe pareceu necessário para que a noite corresse na perfeição, comprou flores, alugou até um daqueles filmes românticos de que ela tanto gostava (lamechices, como ele próprio gostava de lhes chamar). Tratou de tudo com um cuidado de que nem se sabia possuidor. Queria que a noite fosse perfeita. Quando acabou os preparativos, tinha no forno uma pasta italiana com um ar apetitoso. Na mesa ardiam duas velas que emprestavam à sala toda uma luminosidade que convidava a fazer as pazes, e na aparelhagem estava já preparado para tocar o CD preferido de Luísa. Satisfeito com o resultado do seu esforço, Daniel sentou-se no sofá, adivinhando a cara da sua mulher quando se deparasse com a surpresa.


Saiu tarde do escritório, e ainda conseguiu demorar bastante tempo a chegar a casa, graças à chuvada que se abateu sobre si no momento em que pôs o pé na rua. Quando o autocarro finalmente chegou à paragem em frente a sua casa, Luísa ia tão cansada que nem reparou no homem que desceu as escadas do autocarro atrás de si. As passadas que seguiam as suas passaram-lhe despercebidas, e nem sequer notou, quando começou a subir as escadas, que tinha deixado a porta do prédio por fechar. Só ao abrir a porta de casa é que finalmente percebeu que tinha alguém atrás de si. Não se virou, não lhe pareceu muito sensato, visto que tinha um objecto de metal encostado à nuca. Uma pistola. Um sussurro roubou-lhe todo o sangue da cara.

-Vamos, não pares agora, amor. Vamos lá a entrar pra dentro de casa.

A tremer, foi pondo um pé à frente do outro, quase tropeçando de medo. O homem que a seguia, com a arma ainda encostada a si, ia-se insinuando, ora encostando em si os quadris, ora passando-lhe com a mão pelo corpo. Os arrepios que ia sentindo enquanto percorreu o corredor até à sala assemelhavam-se vivamente a pura dor física.

Quando cruzou a porta da sala, o que viu deixou-a quase tão espantada como ao homem que tinha atrás de si. A mesa estava posta, com duas velas acesas no centro, a ladear um pequeno vaso com uma rosa. Ao fundo ouviu a sua música preferida.


Ao ouvir a chave na porta, Daniel correu para a cozinha. Pelo caminho ligou a aparelhagem e tirou o avental que tinha estado a usar para disfarçar a sua inabilidade como chefe de cozinha. Quando voltou com a travessa na mão encontrou Luísa à entrada da sala, com um tipo atrás dela a apontar-lhe uma pistola. Não pareceram reparar nele a aproximar-se por trás no corredor. Quando chegou suficientemente perto, Daniel levantou a travessa e atirou-a com toda a força à cabeça do filho da puta que estava a ameaçar Luísa. O cair dos estilhaços anunciou a queda do homem pelo chão, com um enorme corte na cabeça, coberto por um misto de massa e sangue.

Daniel, ainda a tentar perceber o que se tinha passado, passou por cima dele, e abraçou Luísa. Ficaram assim, agarrados, durante um instante que se desenrolou pelo silêncio.

“Clic”

O homem levantava-se à velocidade que as tonturas provocadas pela travessa lhe permitiam, mantendo no entanto a arma apontada a Daniel.

- Senta-te naquela cadeira. – Ordenou calmamente.

Reticente, com o olhar dividido entre o cano da arma e os olhos de Luísa, Daniel foi recuando até se sentar na cadeira, no meio da sala.


Luísa seguiu as instruções do homem, e atou Daniel à cadeira. Era difícil argumentar contra uma arma. Quando terminou, agachada ao lado de Daniel, olhou a medo para o tipo, que por aquela altura a observava com um sorriso maldoso a pairar nos lábios.

-Despe-te – cuspiu ele entre dentes.

Ficou petrificada. A resposta veio do outro lado.

-Nem penses filho da puta! Luísa, tá quieta, não faças nada! Ele não te vai fazer mal!

“Bang”. O tiro acertou no joelho de Daniel. Preso na cadeira, contorceu-se, soltando um gemido de dor.

-Não, Luísa, não te vou fazer mal nenhum, antes pelo contrário. Mas se não fizeres o que eu te digo, faço-lhe mal é a ele. – Disse com um sorriso, mirando Daniel com a arma.

Luísa olhou para Daniel. As lágrimas rolavam-lhe pela cara abaixo. Nunca o tinha visto chorar.

-Não faças nada Luísa! Deixa-o matar-me, por favor! Não o deixes tocar-te!

Lentamente, Luísa pôs-se em pé. Começou a desabotoar a camisa.


Quando o homem saiu, deixou atrás de si um rasto de dor. Abraçada a Daniel, Luísa chorou também. Naquela noite, Luísa morreu por dentro. Por Daniel.

domingo, maio 07, 2006

Writer's block

Duas semanas de carreira como escritor e já sequei? Que merda, hã?

segunda-feira, maio 01, 2006

Dias destes...

Forever Young

let's dance in style, lets dance for a while
heaven can wait we're only watching the skies
hoping for the best but expecting the worst
are you going to drop the bomb or not?
let us die young or let us live forever
we don't have the power but we never say never
sitting in a sandpit, life is a short trip
the music's for the sad men
can you imagine when this race is won
turn our golden faces into the sun
praising our leaders we're getting in tune
the music's played by the madmen
forever young, i want to be forever young
do you really want to live forever, forever and ever
some are like water, some are like the heat
some are a melody and some are the beat
sooner or later they all will be gone
why don't they stay young
it's so hard to get old without a cause
i don't want to perish like a fading horse
youth is like diamonds in the sun
and dimonds are forever
so many adventures couldn't happen today
so many songs we forgot to play
so many dreams are swinging out of the blue
we let them come true

Alphaville